segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

EXPLICAÇÕES

Não, esse não é um daqueles momentos em que acordo no meio da noite transbordando de inspiração e preciso urgentemente escrever sem parar para não perder as inúmeras idéias que surgem na cabeça. Simplesmente não consegui dormir porque estou gripada e deitada não consigo respirar. Por isso decidi escrever, para passar o tempo.

Com isso, passei a pensar que talvez as grandes respostas da vida sejam assim, obvias demais. Somos nós quem queremos uma explicação cósmica pras coisas que acontecem. Aquela ânsia de que as coisas sejam resultado de um alinhamento tal dos planetas, da energia do dia ou algo do tipo. Tá, quem sabe seja só eu que pense assim, que goste de um bom enredo, um pouco de mágica, que goste de ter assunto para criar minhas teorias loucas e tal. Mas ultimamente a idéia da simplicidade vem me encantado.

Quer explicação mais perfeita do que o óbvio. Saber que as coisas são assim porque são. Sem ficar imaginando diferentes hipóteses e porquês das coisas que não sabemos explicar. Sei que são as perguntas que movem as pessoas, que incentivam as descobertas e que tudo que é muito explicito assusta. É como se a resposta pro sentido da vida fosse a própria vida, extremamente banal e perfeito. Que quando nos déssemos conta disso ficaríamos como crianças desconfiadas com os pega-ratões nas provas, achando: não pode ser, tem algo errado aqui, só pode ser uma sacanagem de alguém.

A verdade é que não estamos acostumados ao simples. A amar por amar, a descansar por descansar a aprender por aprender, queremos sempre uma explicação maior, um contexto, algo grande, porque na nossa cabeça assim faria mais sentido, a situação se tornaria mais interessante. Mas às vezes, acordar no meio da noite e não conseguir dormir, não é culpa do bicho-papão, das insônias dominicais, dos momentos de inspiração, ou de algo escondido dentro dos nossos pensamentos. Às vezes o que nos mantém acordados é apenas uma gripe, simples desse jeito...

domingo, 25 de dezembro de 2011

DOMINGOS

Nunca gostei muito dos domingos. Não sei dizer exatamente porque, mas simplesmente não gosto. Óbvio que já criei várias teorias a respeito, mas nenhuma delas me convenceu totalmente. Sei, a verdade absoluta não existe. Então trabalhemos com a idéia de que cada uma das minhas teorias tem um pouco de verdade e que se eu juntá-las terei um conjunto de fatores que me levam a achar o domingo o dia mais chato da semana.
Como sou da geração MTV, apaixonada por televisão, acredito que o fato de não ter nenhuma programação interessante na tv aberta facilite o clima melancolico do primeiro dia semanal. Se bem que, desde pequena aprendi que domingo é o dia da familia. Era o único dia da semana em que meu pai não trabalhava à noite, o único dia em que podíamos nos reunir.  Assim sendo podemos dizer que a programação ruim da TV seja uma tentativa de juntar as familias, que são obrigadas a pensarem em atividades divertidas para não morrerem de tédio enfurnadas em casa. Mas mesmo assim, domingo sempre foi um dia com um aspecto singular.
Quando fiquei mais velha e comecei a dançar fugia da rotina de domingo me mandando pra salsa. Passava boa parte da noite na festa e  chegava em casa acabada, conseguindo então dormir. Sim, eu tinha insônia de domingo, detalhe: só aos domingos. Ai entra mais uma das minhas teorias que mescla minha personalidade ansiosa com o estigma da segunda-feira. Acho que em parte não gostava do domingo porque depois dele vinha a segunda. Estranho né? Em parte, mas se pensarmos que a segunda tras consigo a retomada da rotina, o fim do descanso, a volta das responsabilidades, enfim, mil coisas para nos preocuparmos, essa teoria pode até fazer sentido.
Hoje vejo que as vezes fiz dos domingos minhas segundas, antecipando coisas que ainda iam acontecer. Se a TV não oferece nada de bom, não tenho mais o dia do pai em casa e nem consiga mais fugir muito pras danças, porque não dar ao domingo uma nova utilidade, da qual eu realmente goste? Afinal, o domingo é o dia com o qual posso fazer o que eu quiser, nem que seja o dia oficial do não fazer nada.
Como diz um provérbio italiano do qual gosto muito Tra dire e fare c`é di mezzo il mare (entre dizer e fazer tem no meio um mar)! E é assim mesmo, não é de uma hora pra outra que meu domingo se tornará o dia favorito, talvez minha ambição nem chegue a tanto, mais aos pouquinhos, como quem não quer nada vou melhorando ele, fazendo  ser mais leve, mais alegre, mais especial. Por enquanto ainda acho ele um dos piores dias existentes.

Começo essa tarefa, repetindo como se fosse um mantra a frase:  deixe pra segunda-feira o que é da segunda-feira. E quem sabe assim, decobrirei que eu mesma fiz do domingo o que ele atualmente é.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ALGO ACONTECE...

Será que é meu ou mais pessoas sentiram que há algo errado nesse final de ano? Talvez a perda da magia do natal seja diretamente proporcional a idade de cada pessoa e  quanto mais velhos ficamos menos mágica a data se torne. Me recordo que na infância eu aguardava ansiosamente por esse dia, não sei se era devido aos presentes (sim confesso , com certa vergonha, que eles me animavam muito) ou pelo suspense envolvido em torno da figura mistica de um velhinho barbudo vestido  de vermelho (do qual eu morria de medo diga-se de passagem). Mas agora, ao sair na rua às vésperas de um dos mais significativos feriados religiosos do ano não vejo mais resquícios do que considerava o mais importante no NATAL.

Pessoas desesperadas, sem paciência e educação disputando a tapas os últimos produtos nas prateleiras que amanhã darão para algum familiar dizendo: muitas felicidades e amor pra ti nesse Natal. Isso está errado ou a minha visão de Natal está contorcida. Não é época de renovar esperança, paz, amor entre os homens? De comemorarmos o nascimento, a vida, as coisas boas? Sim, eu sei que amanhã quando as pessoas se reunirem com seus familiares e amigos as coisas serão diferentes, todo mundo estará celebrando, distribuindo beijos e abraços e tal, mas de que adianta isso só na noite de natal enquanto nos outros dias passam distribuindo grosserias e antipatia por ai!

Ao meu ver Natal e final de ano deveriam despertar o que existe de melhor nas pessoas e não ser uma época para empregarmos a politica do <faça o que eu digo e não o que eu faço>. Em uma era na qual a tecnologia já torna as relações humanas mais mecânicas, não precisamos de doses de falsidades de gente que atropela dezenas de pessoas pelas ruas da cidade em um dia e no seguinte acha que presenteando alguém estará fazendo o gesto mais lindo do mundo. Desculpa a sinceridade, espero que alguém diga que eu fui a única pessoa a ter essa percepção e que o Natal ainda ainda e tempo de recomeços, de reconciliação, de felicidade, de todos estarem alegres e distribuindo sorrisos por ai, só assim tudo faria sentido na minha cabeça.

De bom, posso dizer que hoje vi um pavilhão do cais do porto repleto de presentes pra crianças carentes e fiquei muito feliz. Não pelo material, mas  pelo significado de tudo aquilo. Saber que em meio ao caos geral muitas pessoas se dispuseram a ajudar alguém que precisava e manter aquela magia natalina infantil viva por ai.

Espero que tudo o que vi e ouvi por ai, seja só algo de momento, stress de final de ano, algo passageiro, de um lapso de consciencia e que na verdade as relações entre as pessoas sejam mais amenas, mas alegres, mais amiga. Que o espirito do Natal não seja sufocado por nossa ambição. Que o verdadeiro Natal não seja menos atraente que uma propaganda publicitária glamurosa, que todos sejam um pouco mais criança e aprendam que mais que uma pessoa boa o Papai Noel é uma lenda  que nos ensina a sermos generosos e amarmos os outros. Dediquemos cinco minutos do nosso tempo pra pensar o que andamos fazendo por ai e, bem... um Feliz Natal pra ti!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

DIVAGAÇÕES


Essa ânsia de querer resultados imediatos. De decidir e querer que tudo se modifique em um segundo. De, de repente, ter um lapso do que é certo, mas não saber como o fazer tornar-se realidade e com o tempo esquecer daquilo que há minutos atrás era óbvio. O fato é que a vida não depende só da gente, depende de todos os que nos cercam. Como se estivéssemos presos a um contrato moral com outras pessoas, que nos delimita, nos deixa ser ação, sem opção. Como se desvencilhar das barreiras que nós mesmos construímos ao nosso redor. Como mudar, agir, fazer diferente, fazer o certo?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

PENÚLTIMO SEMESTRE


Esse final de semestre na faculdade tem um gostinho especial. Embora comecem as preocupações e divagações com relação ao TFG, é estranho pensar que este é o último semestre com cadeiras obrigatórias. Saber que nunca mais ficaremos de cinco em cinco minutos dando F5 em frente à página do nosso histórico do curso no último dia de entrega de conceitos, esperando ansiosamente para ver se passamos ou não na cadeira de projeto/urbano, prontos para planejamos nossos próximos seis meses.
Talvez o grande aprendizado da faculdade de arquitetura seja esse: Planejar. Saber que temos limitações prévias que nos dirão para onde iremos no futuro e a partir daquilo que nos é apresentado projetarmos nossos dias. Nada é estático, tudo pode ser mudado, inventado, criado, depende do que é importante pra nós e quanto tempo estamos dispostos a gastar.
Acho que a grande mágica da faculdade é poder mudar a rotina de seis em seis meses, poder ter várias opções, olhar pra si e pensar: Tá, que tipo de vida eu quero agora? A de estudante dedicado sem vida social ou a de vagal, que sempre está disponível pra qualquer evento e que acha um absurdo chegar em casa e ter algo da faculdade pra fazer?
Nem o trabalho chega a necessariamente nos prender. O grande beneficio do estágio é poder largar sem culpa alguma. Claro que tem a parte difícil, deixar as pessoas que conhecemos, os amigos que fizemos. As pessoas que muitas vezes convivem mais conosco do que nossos familiares, que entendem pelo que estamos passando porque já passaram por isso e que sabemos que estão dispostos a nos ajudarem a qualquer momento. Mas, como diria o sábio Kéber Bambam: (tá, me puxei na referência) faz parte da vida!
No fundo, acredito que todo universitário tem um pouco de medo do que virá em seguida. Por mais que pensemos que o futuro será melhor (e temos sempre que pensar que o futuro será melhor) deixar o conhecido pra trás e se atirar de cabeça no desconhecido não é uma tarefa tão simples assim. A palavra “compromisso” assusta, mas não é nada que não possamos enfrentar afinal nos preparamos anos pra isso (no meu caso, muitos anos)!
Termino esse semestre/ano pensando no próximo, a hora do Trabalho de Conclusão e principalmente a Festa de Formatura, cheia de planos e novas metas. Mais uma etapa de vida cumprida e comprida! Será que estou pronta? O tempo dirá!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MAS COMO TU TÁ FOFINHA...

Tem dias que a gente simplesmente não sabe sobre o que escrever e outros em que as palavras surgem, assim, do nada. Talvez esse seja o momento criativo do mês, então, vamos a ele.
Como uma ex-gorda - atual “gordinha”, “rechonchuda”, “fortinha” ou “fofinha”, chamem como quiserem - não posso deixar de citar meus pensamentos com relação à sociedade e o padrão estético por ela adotado. Já sei, muitos pensaram, mais uma comilona tentando se desculpa por ser gorda. Não é bem isso. Não posso negar que gosto de comida, que massas e pães são maravilhosos, mas me digam, quem não gosta?
Cansei de ver pessoas acima do peso serem tarjadas como pessoas sem vontade, sem determinação, que não emagrecem porque não querem. Embora cause muito polêmica, justifico que as coisas não são bem assim. Conheço muitas pessoas acima do peso que tem hábitos de vida muito mais saudáveis que pessoas de peso normal, que comem corretamente e fazem exercícios, mas que não conseguem emagrecer. Conheço também pessoas que engordam por problemas de saúde e não se dão conta, achando que só regime resolve e depois de um grande tempo gasto com isso descobrem que a causa é outra, tendo que lutar contra duas coisas ao mesmo tempo.
Na verdade aquela frase que diz: “beleza não põe mesa” é bonita e até poética, mas a maioria das pessoas não dá bola pra ela. Os padrões estéticos da sociedade estão ai, fazem partes de nós e digo de TODOS nós. Os gordinhos querem ser magros e os magros querem mostrar pros gordinhos como é maravilhoso estar dentro do estereótipo pré-definido. Certo, nem todo mundo é assim. Concordo. Mas a maioria é assim, digo a maioria e me incluo, pois se não me incluísse não estaria constantemente de regime.
Há um PREconceito implícito na palavra gordo, que muitas vezes remete a essa preguiça e desleixo. Como se todas as pessoas fora dos padrões de peso considerado normais na sociedade contemporânea simplesmente quisessem ser assim e pronto.Não, ninguém quer, afirmo isso!  Os que querem, ou dizem querer, passaram por um processo de aceitação longo e difícil e que é posto a prova todos os dias. É uma briga interna difícil. Ter que ser algo que não se é pra ser feliz, é como ter que mudar uma característica de sua personalidade, em um processo cheio de variantes. Nada nessa vida acontece por mágica. Do tipo, para o mundo até eu estar ok e depois recomeça certo?
Aparência, hoje em dia é até um item de currículo. Conta. E conta muito. Quem não quer ser aceito em um emprego, em um grupo de amigos, na sociedade ou por si mesmo? Na verdade a meu ver o caminho começa ao contrário: primeiro por si mesmo, depois na sociedade e dentro da sociedade esse grupo de amigos e grupo de trabalho. Mas ser aceito por si mesmo é tão complicado, principalmente quando ficam sempre no teu ouvido dizendo que você não é bom o bastante. Sei, temos que deixar de lado os comentários alheios e dar a volta por cima. Mas imaginem vocês querendo se aceitar como algo (pressupõe que seja um momento de dúvida), tendo que achar força todos os dias pra encarar os olhares e os comentários e as pessoas te jogarem mais pra baixo sempre, e às vezes isso é inconsciente, é tipo: tem algo diferente em ti, ou posso dizer que fulano de tal (o gordo em questão) é uma pessoa simpática. Mas consciente ou não comentários negativos machucam e acreditem: NÃO AJUDAM! Óbvio que mentir também não é legal, o importante é achar o meio termo apoiar sem ferir ok?
Então, antes de pré-definir que GORDOS = PREGUIÇOSOS, pare e analise o contexto de vida em que a pessoa se insere como quem não quer nada sabe. Se possível aproveite a deixa e incentive, mas incentive mesmo.  Principalmente tendo em mente a questão saúde, ajude com o passar do tempo, inclua nos círculos sociais, trate os gordos, rechonchudos, fofinhos, o que seja como pessoas normais, por favor. E caso um gordinho queira uma vez comer um BIG-MAC com batatas-fritas, lembre-se: ele também é gente e tem o mesmo direito de ter vontades assim como você.
Quem nunca passou por isso não sabe como é difícil lutar contra tudo e principalmente contra si mesmo. Porque mudar hábitos implica em disponibilidade de tempo, dinheiro, motivação e paciência, principalmente paciência. Afinal, a vida não para pra você se arrumar e se preparar em relação a ela.

ISSO OU AQUILO?

Ás vezes as pessoas se lamentam por ter que decidir na vida entre duas opções: branco ou preto, Grêmio ou Inter, churrasco ou salada, casar ou comprar uma bicicleta, enfim, essas decisões clássicas da vida. Eu, em contrapartida, não sofro desse mal, sofro de algo que considero muito mais complicado: o não saber entre o que optar.
É eu sei parece estranho, mas é a mais pura realidade.  Enquanto as pessoas estão em dúvida sobre o que querem, eu simplesmente tenho certeza do que não quero e só. Eu nunca sei entre que duas coisas tenho que escolher, eu sei que entre uma gama de opções de 100 tipos, três eu tenho certeza de que não quero e entre os outros noventa e sete, aaaa os outros noventa e sete, decisão difícil, todos eles parecem interessante a sua maneira, o que me coloca em um beco sem saída.
Seguidamente me questiono se isso é uma falta de objetividade ou simplesmente o reflexo de uma personalidade diversificada. Sabe, gosto de muita coisa, por exemplo: música, escuto desde samba a ópera, mas sei que funk é algo que realmente não me serve, não desce sabe, como se não fosse feito pro meus ouvidos. E é assim com quase tudo, é como se tivesse sempre fome, mas não soubesse exatamente o que comer pra ela passar. Sei tudo isso é confuso demais né? Bem-vindo ao meu mundo!
Quando se vive assim, é estranho que a certeza vem nas horas mais inadequadas. Nos momentos de falta de opção sabe, como quando se está no trabalho, que é um momento destinado a realizar aquilo (sem escolha, ufaaa) e surge aquela vontade repentina de sair correndo, fazer um chimarrão e passar o dia embaixo de uma árvore fazendo fotossíntese ou até mesmo ir pra casa fazer os trabalhos da faculdade. As vontades mais certas e absurdas ocorrem geralmente em momentos que não podemos realizá-las. Como se a possibilidade fosse um desafio a mais. O engraçado é  que nos dias de folga, nos quais poderíamos passar o dia tomando chimarrão e pegando sol, não temos vontade de fazer nada.
Será que temos que obedecer aos impulsos momentâneos e assim do nada, fugir de um lugar pra fazer muito algo que queremos fazer? Ou será que temos que viver dentro das regras, esperando um dia ter a sorte de estar no lugar certo e em um lapso de memória se dar conta que naquele momento você está fazendo o que quer na hora que quer, sem muitas opções, só com a certeza e ponto!
Confesso que não tenho respostas, teria tantas alternativas, teorias, possibilidades que poderia escrever um livro sem chegar à conclusão alguma. Tudo que sei é que agora nesse momento só sei o que não quero...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O.o

Missão Graduação 2012-01
Objetivos: Integralizar o total de créditos faltantes e fazer um projeto de graduação apto à aprovação.
Tempo para a execução da missão: 8 meses
Armas disponíveis: AutoCAD, Sketch, Renderizadores, Corel, Photoshop, café, muito café e os matérias necessários para a confecção da maquete final.
Detalhes: Você poderá pedir ajuda aos universitários, ao orientador e aos professores de engenharia, quando julgares necessário. Se fores organizado contarás com uma dose extra de paciência.
Você tem apenas uma vida para executar essa missão, então tente não se perder no meio do caminho...
Seu tempo começa a contar a partir de agora. Boa Sorte!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

DURMA MEDO MEU

Porque ele me entende:

 Um não, às vezes um "não sei"
Janela, madrugada, luz tardia
E o medo nos acorda
Pára e bate o coração
Em pura disritmia
O medo amedronta o medo
Vela, madrugada, dia,
Assim como a saudade
Ou uma frase perdida
Durma, Medo Meu
Durma, Medo Meu

(Fernando Anitelli)

O ANTES E O DEPOIS | APRENDENDO A VIVER

Me formei no Ensino Médio no final do ano de 2004 e naquela ocasião fizeram um concurso literário para que falássemos da importância da escola em nossa formação. Agora, que estou prestes a sair da faculdade (tá, tem um longo TCC pela frente, mas isso é detalhe), olho pra aquele texto da importância da escola e descubro que muita coisa mudou. Farei uma comparação depois, mas segue agora o que escrevi naquela ocasião, o texto que se chama: APRENDENDO A VIVER.

Sempre me disseram que devemos saber aonde almejamos chegar, porém nada adianta se não tivermos consciência de como o faremos. Aos dezessete anos, sei exatamente o que quero pra minha vida e tenho certeza de que meus quatroze anos no CBC serão fundamentais na busca da concretização de meus objetivos. Posso dizer que fazer parte de uma escola significa mais que aprender as matérias essenciais ao conhecimento. Na realidade, o maior ensinamento que adquirimos é a descoberta pessoal.
Entrei no CBC com três anos, no maternal. Não imaginava o que me aguardava lá e confesso que possuia certo receio de ir à aula. Curiosamente, a adaptação foi rápida e aquele medo de estar entre desconhecidos, durante um turno do meu dia, cessou. Em contrapartida, nascia um sentimento de felicidade, alimentado pelas horas de diversão e pela ansiedade de rever os colegas, a quem já chamava de amigos.
Fui crescendo e o grau de parentesco entre mim e as pessoas da escola foi aumentando. Não havia mais professores, mas sim"tias", em determinadas situações praticamente mães. Era como estar em casa porém com cômodos maiores para brincar.
Dentre tanta alegria, não observava que uma nova etapa da vida iniciava. De repente, as brincadeiras deveriam diminuir durante as aulas e a palavra responsabilidade se fazia constante em meu cotidiano. Buscava não dar atenção, já que minhas prioridades eram as viagens em grupos, as atividades extracurriculares e, principalmente, as reuniões dançantes, onde "guris" e "gurias", acanhados, miravam-se silencioamente e, quando encorajados, ficavam a passar e repassar a vassoura. Nada nos fazia parar de explorar os benefícios que aquele imenso lar nos oferecia.
Não eram só as etapas que variavam, interna e externamente cada um de nós se modificava. Era visível o desenvolvimento corporal acompanhado da descoberta de novos sentimentos, que provocavam chacotas e medo. Costumavam nos dizer que estávamos amadurecendo, o que nos confundia de certo modo, pois alguns continuavam a demonstrar atitudes tipicamente infantis.
Tudo fazia parte de uma grande competição e, nesse sentido, os campeonatos entre turmas deixavam explicitas essas rivalidades. Não eram as medalhas nossa única conquista, mas sim uma posição prazerosa de vitoriosos,d e quem sabia perfeitamente como dar seguimento aos estudos e aproveitar as inúmeras oportunidades que aparecia. Éramos simplesmente um grupo de jovens felizes.
Hoje compreendo o quão importante o colégio foi, é e será na minha vida. Afirmo que, mais do que bagagem intelectual, levarei comigo dessa época escolar muitas lembranças e, intrisecamente, saudades. Embora, futuramente, ninguém se recorde que eu individual e coletivamente fiz parte dos cem anos do Bom Conselho, será impossível, em minha mente, esquecer que o CBC é parte da minha história.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

É HORA


- Ana! Ana! Está na hora, vamos!
-Mas já? Só mais um pouquinho, por favor?
- Mais um pouco? Tu já não acha que teve tempo o suficiente?
- Mas é que né... É final de ano, tenho mais dois meses pra ser o que eu era, não? Pelo que eu saiba a gente sempre muda é começo do ano. De que valerão todas as metas e promessas para 2012 se eu começar a tentar realizá-las em 2011. E a graça do ano novo onde fica?
- Ana, tu já parou pra pensar que talvez tu ainda tenhas metas a cumprir em 2011? Novas metas a gente sempre arranja, dois meses, um mês, uma semana, é muito tempo, dá pra fazer muita coisa.
- Mas é que agora estou ocupada, não dá. Definitivamente não dá. Tenho isso pra fazer porque o fulano pediu, aquilo outro que eu prometi, tenho minhas responsabilidades poxa! Não dá pra parar agora, definitivamente não dá.
-Parar? Mas quem falou em parar?
- Não posso começar nada enquanto ainda tenho coisas pra fazer.
- Ta brincando comigo né? E as promessas que tu te fez?
- Promessas que eu me fiz? Como assim?
- Tu mesma acabaste de dizer que ia esperar 2012 porque assim estabeleceria novas metas, mas tu te esqueces que não cumpriu aquilo que TE prometestes. Quem sabe não é hora de olhar um pouco pra isso, hein?
- Hummm, mas é que...
- Mas é que nada. Levanta daí e começa, AGORA!
-Mas e o primeiro passo? Não sei como começar. O que eu faço? Aaaaaaaaaa... Não vai dar, não tenho tempo pra pensar nem no primeiro passo.
- Define que tu darás é o primeiro passo. Conscientiza-te disso: Vou dar o primeiro passo, vou dar o primeiro passo e por hoje, só por hoje, isso basta. Mas está na hora, não te esquece...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

INDECISÃO

Cá estava eu pensando com meu botões: o que falar pra uma amiga que realmente pudesse ajudar ela na situação em que se encontra? Dizer pra ela seguir o coração, a consciência, o polvo, a lua ou pedir conselhos pra bananeira?

Cheguei a sábia conclusão: vou dizer pra ela que é hora de mandar tudo as cucuias, afinal, nossos corações são burros e nossas consciencias insensíveis. O polvo, sabe não acredito no polvo e nem nessa tecnologia toda que colocam pra orientar nossos pensamentos como querem. A lua, é a lua engana muitas vezes e a banananeira, aaa esta está fora de cogitação.

Na verdade, verdadeira, acho que o certo mesmo é escutar a respiração. Sei, sei, tu deve estar pensando: como assim? Tadinha da dona Ana Pokemon, pirou de vez. Explico-me: A respiração controla tudo, nunca nos falam isso, mas é a mais pura verdade. E ela que quando acalmada faz o coração bater no compasso certo e que quando nos têm a atenção afasta os maus pensamentos de nossa mente. É ela e não o pulsar do coração que nos dá a certeza da vida. A respiração não mente, ela é ofegante nos momentos dificeis, calma nos momentos de serenidade e indescritivel nos momentos de paixão.

Então Dona Indecisa, pareeee de brigar entre o que teu coração e tua razão dizem e quando quiseres tomar alguma decisão, simplesmente e escute o ar entrar no teu corpo. Se a respiração cortar e tu não conseguir te conter quando ver um certo alguém (independente de quem seja) leve ela a sério e caso nada de diferente acontecer na mesma situação, o ar continuar entrando e saindo de teus pulmões como se tu estivesse executando a mais simples e rotineira tarefa, saberá que aquilo não é pra ti.

Se a nenhuma conclusão isso tudo te ajudar a chegar, pelo menos terá te ensinado a se manter um pouco mais calma nos momentos depressivos (os poucos momentos depressivos que ainda tens, porque quero alegria nesse rosto daqui pra frente).

Agora aspira, expira, aspira, expira, respira, expira, aspira, respira, respira...

CONSELHOS

Escuta as palavras da música - If today is my last day_Nickelback- todos os dias e pensa assim: ser pessimista ou ficar pensando no futuro é viver algo que não existe, é dificil de assimilar isso, confesso que até então eu não entendi (mas estou tentando), vivemos eu uma sociedade onde a questão TEMPO é muito importante, a gente só se situa dentro de um passado e um futuro, mas a gente nunca sabe... então quando tiver que pensar em algo e tomar uma decisão, se pergunta SEMPRE: o que eu quero? o que vai me fazer feliz AGORA?

Óbvio que tudo o que a gente faz vai refletir lá pra frente, mas é tão bom estar bem consigo mesmo... saber que naquela hora, naquele AGORA tu decidiu o que te fazia bem sabe...Não tem como se prejudicar depois... a gente MUDA, obvio que MUDA, mas né, a gente só deve esclarecimentos pra gente mesmo...

A gente não saberia o que é bom se não tivesse conhecido o RUIM, niguém cresceria ser o mundo fosse perfeito e é nessas horas que concluo: NOSSA, ATÉ NAS IMPERFEIÇÕES O MUNDO É PERFEITO...

Por isso que eu te digo, sempre te pergunta o que é bom pra ti naquele momento, não faz as coisas pelos outros pela moralidade e enfim , obvio que sempre temos que ser coerentes e pensarmos nas pessoas que amamos, nossas ações provocam reações, mas se tu toma as decisões baseado naquilo que algo dentro de ti diz que é o certo, ninguém pode te tirar a razão, mesmo que tu quebre a cara mil e uma vezes...

Não dá pra fugir da sociedade, mas dá pra tentar fazer cada dia mais leve sabe, muito mais leve...

RE_ESCREVER

Por fim, decidi começar. Há tempos que eu sabia que precisava voltar a escrever, mas sempre adiava isso devido a outras coisas que eu achava que tinha que fazer. Então, a partir de hoje CHEGA!!

Peguei Bruce Mau como anjo conselheiro e passei a usar a tática dele " Se não souberes por onde começar, comece por qualquer lugar". E assim será. Começo pelo que tenho pronto, definido e assim dia pós dia, quando houver assunto, vou escrevendo, minhas teorias loucas e por vezes interessantes com relação a vida e as pessoas.

Não escrevo para achar respostas, mas talvez para fazer que meus argumentos se tornem mais concretos e quem sabe um dia verei eles como verdades absolutas.

Enfim, tenho frases prontas, feitas, esperando o dia certo para serem ditas!