sexta-feira, 27 de julho de 2012

A BELEZA DO CAOS

E ai, a pessoa que mais gosta de criar teorias explicando tudo, descobre que o que ela mais tem vontade de saber não possui uma fórmula matemática de resolução.

Que por mais que existam padrões a vida é uma eterna bagunça e são as raras as vezes que tudo vai acontecer conforme o previsto. Que por mais que as pessoas sejam previsiveis tudo muda a cada momento e que a previsão pode ser um erro.

O caos as vezes é a maneira mais certa do desenrolar das coisas e a surpresa faz parte da previsão. Os sinais tendem a mostrar alguma coisa, mas sempre a leitura será influenciada pelo intimo do leitor que tornará tudo conforme deseja ver.

Nada é certo. A verdade absoluta não existe. Tentamos adivinhar, as vezes damos sorte, outras somos obrigados a admitir que todo o esforço mental foi em vão. Por isso que mesmo eu, que adoraria ter explicações teoricas e cientificas pra tudo me rendo a beleza da confusão controlada que só a vida é capaz de ter.

 


quarta-feira, 25 de julho de 2012

LANDSLIDE

Can the child in my heart rise above?
Can I sail through the changin' ocean tides?
Can I handle the seasons of my life?
Well, I've been afraid of changin'
Cause I've built my life around you
But time makes is bolder even children get older
I'm getting older too
Oh, I'm getting older too



quarta-feira, 18 de julho de 2012

PAPARAZZI MODERNO


Estava eu, assistindo a um vídeo de grande repercussão hoje na internet que fala da questão paparazzi x figura publica e essa doença social de querer saber tudo o que ocorre na vida privada de pessoas consideradas famosas e eis que me surge a vontade de falar sobre isso.

Na verdade, o vídeo me fez pensar o quanto as redes sociais são nossa desculpa esfarrapada pra essa visibilidade. Me explico: houve o tempo em que nós como telespectadores nos sentávamos em nosso sofá para assistirmos programas que falavam da vida particular das figuras publicas imaginando como seria viver desse jeito. Hoje nossa vida inteira fica exposta, todo mundo sabe onde tu estás, com quem estás. Ou onde tu finge estar, com as pessoas que tu finge amar, com a vida que tu tenta mostrar ter. As redes sociais são os grandes paparazzi dos desconhecidos. É onde temos a chance de mostrar para os outros o que nós como comuns fazemos de espetacular.

Quantas vezes não vimos a foto de algum amigo nosso em uma atividade divertida e pensamos: nossa que sorte do fulano de tal, ele conseguiu fazer isso. É como se aproximássemos nossas vidas que considerávamos banais a algo maravilhoso, como se subíssemos no estado de importância das coisas, simplesmente porque isso se tornou visível aos olhos dos outros. 

A visibilidade como medidor da vida ao invés da sensibilidade. O aumento da ansiedade, da pressão, das cobranças. O que antes era feito somente em relação a figuras publicas passa a ser feito com relação a tudo e a todos em uma espécie de panela de pressão social. Como melhorar isso não sei. Penso todos os dias de me desfazer de redes sociais e desisto. Como será minha vida sem elas. É um absurdo pensar assim, eu sei, mas será que os contatos se manterão sem essa visibilidade toda. Será que meu ego já tomado por essas tecnologias sabe sobreviver sem elas?

Não sei, me indago de diferentes maneiras. Não sei nem se esse meu texto faz sentido ser divulgado em um blog. A teoria e a contradição se unem. Perguntas e mais perguntas, se alguém souber a resposta, me avise por favor!

IMPULSO


O dificil é ter que lidar com certos impulsos.

Resisitir a tentação de ligar e dizer: sabe estava aqui tocando a vida ai vi isso e lembrei-me de ti. Justamente aquilo que tu me falaste que queria e achava que nunca ia achar então eu encontrei. Sem procurar, encontrei.

O pior é perceber que não é uma ou duas vezes que isso ocorre, é seguidamente. Será que sou eu que crio motivos pra lembrar? Ou será que é a vida mesmo que gosta de tirar sarro das situações complicadas. 

Resistir à vontade de correr pra abraçar só para dizer: eu consegui e parte disso tudo é teu. Sei que vai dizer que não fizeste nada, que tudo é mérito meu e que não tem nada de teu nisso. Mas EU sei o quanto tu foste importante, sei de cada segundo que minha criatividade esteve conectada a uma lembrança tua e isso fez com que eu seguisse com que eu achasse respostas, motivos.

O complicado e sentir as barreiras que tem nisso tudo sabe? É saber que nunca a vontade a esse impulso irá ceder, porque simplesmente tu não estás aqui. Tenho que me contentar em lembrar e em imaginar, mas a esquecer NUNCA. Porque a lembrança é o melhor que eu posso ter de ti, é o único que posso ter enquanto eu ainda viver.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

ALFORRIA E EUFORIA


                Tentei começar textos essa semana por diferentes meios e não consegui. Tenho tanta coisa pra dizer e não sei como. Incrivel isso. Talvez porque eu ainda não tenha entendido o que está acontecendo.

                Tenho a mania de achar que toda vez que eu concluir uma tarefa, no minuto final acontecerá algo de espetacular, sim tipo fogos de artificios ou eclipses. Ai tu vai lá, cumpre com o que te comprometeu e não é assim que funciona. O futuro que a gente planeja vem, acontece e tu fica com aquela cara de abobado pensando: era isso então? Cade o excepcional ? Aquilo tudo que imaginei?

                Passado os minutos iniciais de: falta algo, vem o alivio imediato. Uma sensação de paz que te faz querer deitar e dormir por horas, como se tu precisasse literalmente carregar a bateria pra seguir em frente, já que nos ultimos dias tu tirou energia sei lá de onde porque tinha prazos e precisava terminar. Ai tu deita pra dormir e é atingindo por uma vontade absurda de correr por ai gritando: TERMINOUUUU, é, terminou! Sei que pouco importa pra muita gente, mas pra mim é como declarar a independencia, eu tomando conta da minha vida, finalizando uma etapa que foi sofrida mas que ao mesmo tempo me trouxe muitas felicidades e que acredite sentirei falta.

                Passado os momentos iniciais de misto de euforia, alforria e cansaço começa a passar um filme na tua cabeça. Ai tu te pega pensando em todo mundo que foi importante nesse processo. De repente tu te ve sorrindo sozinha em casa, nossa foram tantas pessoas, são tantas pessoas que é praticamente um trabalho em equipe. E é tão melhor saber que não é algo individual, que tu tem um pouco de cada um que cruzou o teu caminho durante essa etapa que cada um deles tem algo de ti. Tu nem sabe como agradecer. Ai vem a etapa 3, vontade de reunir todo mundo e dar um abraço apertado em cada um, me explico melhor assim! Falo mais com gestos, sou mais explicita!

                Pensando em quem está contigo, tu também te lembra de quem esteve. Falo no sentido fisico. Porque no espiritual ou emocional as pessoas nunca se vão. Ai dá um pouco de tristeza porque né não é a mesma coisa, mas o que não tem remédio, remediado está, não adianta ficar tentando mudar o que não pertence a tua jurisdição. Tem é que colocar aquele sorriso no rosto, isso sim e agradecer por ter tido a oportunidade de ter participações mais que especiais durante o percurso.

                Ai vem o estágio que chamo de final (por enquanto):  a dúvida. E agora o que vai ser de mim? Trabalho, mestrado, desemprego, vadiagem, aaaaaaa não, não quero nada de sério no momento não dá, a meta é se divertir. Mas ai tudo aquilo que tu deixou de lado por todo esse tempo porque estava muito ocupada pra se preocupar aparecem na tua frente e te dizem: hora de resolvermos nossas pendencias querida Ana, já esperei demais...

                E tu te pega sorrindo novamente, ao som de: É a vida, é bonita e é bonita... Porque nada nunca pára pra ti descansar, aproveitar até não poder mais, se recuperar e tal. A vida vem e se faz vida, presente, insistente, te lembrando o porque tu tens que levantar todas as manhãs o porque é tão bom existir. Sem desafios, sem novas etapas, não teria graça, entre tantas dúvidas que me assolam essa é a  minha certeza...