Primeiro a
ansiedade. Criam-se na mente diferentes cenários. Todos têm desfechos diferentes.
Em alguns o protagonista chora, mas esses são descartados. Porque se podes
imaginar que imagine o melhor e sempre queremos mais do que o melhor, porque só
o bom não basta. Então chega a hora da verdade. Tudo começa correndo bem. A
vida tornando realidade aquilo que até então era só um sonho bom. Mas de
repente, em uma breve piscada de olhos, algo sai errado.
- Pera, pera, pode parar, meu roteiro não era
esse. Está tudo errado.
Mas a
realidade é imutável e se desenrola sem esperar que possamos ajeitá-la ou efetuar
correções. Ai vem a decepção. O que hoje percebo ser o pior sentimento que
alguém possa sentir. Como um grande “all in”. Vai lá, confio tanto nisso que
coloquei minha casa, minha roupa, minha alma. E ai a vida vem te tira tudo e
ainda sapateia em cima pra mostrar que essas “coisas” tão importantes pra ti e
que tu tanto acreditou além de não te pertencerem mais não possuem o menor
valor ao novo ganhador. E tu na ânsia de não se admitir perdedor, cria novos
cenários. Começa a ficar ansioso de novo. Tem em mente: Há males que vem pra
bem. E tu te mantens irredutível esperando o dia em que o ciclo será fechado.
E se o ciclo
nunca se fechar? Aaaaaa, não vou pensar nisso, não é legal. O bom seria pensar
nas conquistas, em tudo saindo bem com direito a momentos de surpresas
agradáveis. Ou então, nunca mais dar “all in” apostar poucas coisas, jogar 5
aqui, 25 acolá e viver assim sem saber se algum dia a vida te contemplaria com o prêmio máximo. A escolha é simples, arriscar na decepção buscando a
realização, ou deixar a realização de lado e viver em dúvida mediocremente na
zona de conforto. A escolha é de cada um.
Então, vai
apostar quanto?
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