quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O ANTES E O DEPOIS | APRENDENDO A VIVER

Me formei no Ensino Médio no final do ano de 2004 e naquela ocasião fizeram um concurso literário para que falássemos da importância da escola em nossa formação. Agora, que estou prestes a sair da faculdade (tá, tem um longo TCC pela frente, mas isso é detalhe), olho pra aquele texto da importância da escola e descubro que muita coisa mudou. Farei uma comparação depois, mas segue agora o que escrevi naquela ocasião, o texto que se chama: APRENDENDO A VIVER.

Sempre me disseram que devemos saber aonde almejamos chegar, porém nada adianta se não tivermos consciência de como o faremos. Aos dezessete anos, sei exatamente o que quero pra minha vida e tenho certeza de que meus quatroze anos no CBC serão fundamentais na busca da concretização de meus objetivos. Posso dizer que fazer parte de uma escola significa mais que aprender as matérias essenciais ao conhecimento. Na realidade, o maior ensinamento que adquirimos é a descoberta pessoal.
Entrei no CBC com três anos, no maternal. Não imaginava o que me aguardava lá e confesso que possuia certo receio de ir à aula. Curiosamente, a adaptação foi rápida e aquele medo de estar entre desconhecidos, durante um turno do meu dia, cessou. Em contrapartida, nascia um sentimento de felicidade, alimentado pelas horas de diversão e pela ansiedade de rever os colegas, a quem já chamava de amigos.
Fui crescendo e o grau de parentesco entre mim e as pessoas da escola foi aumentando. Não havia mais professores, mas sim"tias", em determinadas situações praticamente mães. Era como estar em casa porém com cômodos maiores para brincar.
Dentre tanta alegria, não observava que uma nova etapa da vida iniciava. De repente, as brincadeiras deveriam diminuir durante as aulas e a palavra responsabilidade se fazia constante em meu cotidiano. Buscava não dar atenção, já que minhas prioridades eram as viagens em grupos, as atividades extracurriculares e, principalmente, as reuniões dançantes, onde "guris" e "gurias", acanhados, miravam-se silencioamente e, quando encorajados, ficavam a passar e repassar a vassoura. Nada nos fazia parar de explorar os benefícios que aquele imenso lar nos oferecia.
Não eram só as etapas que variavam, interna e externamente cada um de nós se modificava. Era visível o desenvolvimento corporal acompanhado da descoberta de novos sentimentos, que provocavam chacotas e medo. Costumavam nos dizer que estávamos amadurecendo, o que nos confundia de certo modo, pois alguns continuavam a demonstrar atitudes tipicamente infantis.
Tudo fazia parte de uma grande competição e, nesse sentido, os campeonatos entre turmas deixavam explicitas essas rivalidades. Não eram as medalhas nossa única conquista, mas sim uma posição prazerosa de vitoriosos,d e quem sabia perfeitamente como dar seguimento aos estudos e aproveitar as inúmeras oportunidades que aparecia. Éramos simplesmente um grupo de jovens felizes.
Hoje compreendo o quão importante o colégio foi, é e será na minha vida. Afirmo que, mais do que bagagem intelectual, levarei comigo dessa época escolar muitas lembranças e, intrisecamente, saudades. Embora, futuramente, ninguém se recorde que eu individual e coletivamente fiz parte dos cem anos do Bom Conselho, será impossível, em minha mente, esquecer que o CBC é parte da minha história.

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