domingo, 27 de maio de 2012

EU SOU...

"Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também!"
Tati Bernardi


E é tão dificil ser isso tudo...

DIALÉTICA


É estranho não saber quando as coisas chegam ao fim. Em um belo dia, ao levantar da cama a gente percebe que nada mais é como antes. Diria Marx: é a dialética da vida, os ciclos da história que se repetem em cada dia teu vivido, sem necessariamente teres certeza do que aconteceu. Algo aconteceu, é fato. Sinto, muita coisa mudou. Às vezes tenho lapsos do passado, duram dias, semanas, mas passam. Estabeleço uma meta e olho pra frente, com uma dor forte no peito, mas com a cabeça erguida e o foco no futuro.
Coisa complicada essa tal felicidade. Deveria ser vital, você terá um coração, um cérebro e uma porção a mais de felicidade. Como os pozinhos mágicos dos contos de fadas. Quando a vida ficar difícil, use-o, você conseguirá ter tempo pra encontrar novas razões pra sorrir. Mas tome cuidado, pense bem em que situação possa usá-lo, ele não é eterno um dia termina, então tenha em mente achar algo que possa substituí-lo que também te de motivos para ser feliz. E, só uma dica: comece a procurar pelo espelho, lá está a única pessoa que estará SEMPRE com você, independente do que aconteça.
Então tá, foi colocar uma calça jeans e a camiseta surrada como se fosse a armadura pra enfrentar os novos tempos. Passar uma base no rosto, um rimel nos olhos e sair pra ver a vida, pra viver a vida, aproveitar e quem sabe ser feliz. Porque na dialética cotidiana, tudo pode acontecer de uma hora pra outra.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

PERDAS


Tenho medo do que pode acontecer. Não porque prevejo uma catástrofe ou algo avassalador, simplesmente porque não sei pra que me preparar. Espero sem sabe o que esperar e isso é novo pra mim. Eu que sempre li as pessoas tão claramente me tornei analfabeta do teu idioma e me vejo sem armas, sem preparo. Reajo das maneiras mais variadas, tentando não transparecer o caos que só eu sei com o que tenho que lidar.
Tenho medo da perda, da falta, da distância. Já perdi tanta coisa, pessoas, objetos, paciência, tempo, que não sei mais como lidar com isso, na verdade, não quero mais lidar com isso entende? Dizem-me que é impossível perder o que não se possui, mas não considero a possessão como algo egoísta. Considero que, a partir do momento em que se contacta algo, esse algo passa a fazer parte de ti e assim sendo, qualquer ruptura ou separação consiste em dano. 
Acho que me preocupa o fato das coisas boas que pensei não se realizarem. Será que penso coisas boas demais? Será que me considero merecedora daquilo que não sou. Não quero passar a vida feliz com a mediocridade alcançada, quero fixar metas, atingi-las, ir mais longe, me superar cada vez mais, quero saber que realmente mereço. Mas insisto: tenho medo, medo dessa falta de clareza que caracterizo como um analfabetismo, de meter os pés pelas mãos em busca de prol maiores, de percorrer o caminho de maneira errônea, de perder o que me faz querer sempre ir mais além.
Espero que o não esperado me surpreenda e, por favor, que seja bom! Quero fatos marcantes, histórias interessantes, finais felizes, capítulos completos para finalmente me sentir merecedora. Que tudo tenha valido a pena, que toda a angustia e medo sejam justiçados por um bem maior, que as perdas sejam trocas e que a vida seja vivida de forma clara e explicita, logo, se não for pedir de mais porque me vejo presa a esse labirinto sem saber por onde sair.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

DESISTO


Desisto. Se com convicção ou não, não sei, só que HOJE parece a melhor a opção. Desisto porque não sei se vejo mais o porquê dispender energia nisso, que por vezes me consome e me prejudica. No vocabulário gaúcho:  Largo de mão e juro que não considero covardia ou falta de determinação. É puro e simples cansaço de ficar criando e recriando o que não faz bem. Exercito o agora e deixo o futuro um pouco de lado. Me privo de comparações e me foco no meu melhor. Se isso é pouco eu não sei, mas é o que tem e tem que bastar.
Não sei se tenho forças pra desistir, mas me minto que sim. E faço isso pra passar a lutar por outras coisas, não no mesmo sentido, mas em coisas importantes que deixei pelo caminho, de escanteio e que talvez estejam ali me olhando esperando o momento em que olharei para elas e por elas.
Se, eu estiver me antecipando e anunciando que retiro meu time de campo cedo demais ( o que eu suponho não ser o caso), por favor me avise, tenho tendência a tomar decisões drásticas só pra dar mais dramacidade à trama. Creio que isso não acontecerá, mas se sentires uma sensação de abandono talvez entendas o que eu sempre quis dizer e não disse.

sábado, 5 de maio de 2012

ARQUITETO

"Sou arquiteto,Aquele que dizem ser engenheiro frustrado,
Decorador disfarçado,
Esquisito, meio pirado,
Às vezes alienado, outras, por demais engajado;
Às vezes de Havaianas, outras engravatado.

Sou arquiteto,
Aquele que chamam de sonhador;
Ah! pudesse eu ter meus sonhos de volta,
Mas sou ainda um aprendiz na escola da vida;
Dominei a forma, distribuo espaços,
Mas muitas vezes me sinto fora de esquadro,
Perdido em linhas paralelas demais,
Numa escala indefinida.

Mas sou arquiteto.
Sou poeta,E sou muito mais que um sonhador,
Porque possuo em cima da velha prancheta,
Projetos para todos os sonhos;
Casas para abrigar um novo amor;
Caminhos para chegar ao arco-¡ris;
E jardins para o aconchego do entardecer..."

Lienne Liarte

quarta-feira, 2 de maio de 2012

TALVEZ


Talvez eu seja simplesmente uma personagem que sem querer caiu na história errada. Uma heroina que não tem sangue azul e que anda deixando de acreditar em principe encantado. Será que posso ser a vilã da história? Ou quem sabe uma mera coadjuvante que nunca terá seu enredo desenvolto.
Talvez eu seja um dado em jogo de xadrez. Um disquete em pleno ano 2012. Algo que exista e faça sentido mas que de alguma forma não se encaixa completamente no cenário. Humanamente me enquadrando talvez eu só seja excentrica. Psicologicamente falando é possivel que eu seja `confusa`. Quem sabe eu esteja mesmo delirando acordada, ou que minha mania de fazer perguntas tenha se extendido até eu passar a questionar o que eu devesse simplesmente aceitar.
Talvez eu não tenha uma definição exata, seja algo a ser estudado, descoberto, catalogado...

terça-feira, 1 de maio de 2012

DESPERTOU

E ela simplesmente despertou. Acordou pra vida em um momento qualquer. Decidiu se importar somente com o que era realmente essencial: ela e ela. Ninguém faria isso pra si, ninguém lhe daria atenção da forma que devia dar.

Tinha uma ânsia de lutar por tudo aquilo que queria e uma certeza de que iria conseguir mesmo não conseguindo. Recordou-se de como o caminho é satisfatório e que os resultados só tem valor quando se vai atrás deles.

Tomou decisões em um dia que adiava há meses. E se sentiu tão bem com isso. Descobriu que ocupara sua cabeça com coisas não importantes, que ficara criando e dando vida a monstros que nem sequer existiam. Ao invés de duvidar, resolveu acreditar. Acreditar em si, no que podia fazer na possibilidade de chegar longe e conseguir o que realmente a faz bem.

Colocou os pudores e os temores de lado e encarou a vida. Que ela  vai se decepcionar muitas vezes eu não tenho duvidas, que momentos difíceis virão, óbvio que virão, mas que sejam reais e não fantasiosos. Que nada se destrua antes e existir pelo que poderá ser, que ela caia, mas aprenda e consiga levantar, porque um dia ela vai descobrir que as  coisas ruins fizeram parte de um extenso caminho até o que realmente importava.