quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ANA NA BOTA | ROMA

Gosto de poder andar tarde da noite pelas ruas da cidade e me sentir à vontade. Acho que quando retornar para a casa serà umas das coisas que mais estranharei, nao poder sair assim sem rumo e sem preocupaçoes no meio da noite, seja para um bar na esquina ou pra o terminal de onibus para pegar um meio de transporte pra uma outra cidade (o que nao vai me dar nenhum sentimento de nostalgia é me recordar desse teclado, que né, me fazem falta os acentos corretos).

Mas nao comecei esse post para falar disso. Comecei porque faz dias que precisava escrever sobre a experiencia do final de semana em Roma e nao encontrava tempo. 

Na verdade eu nao queria ir para Roma com a escola. Explico, para nao ser crucificada. A previsao indicava chuva (sim do meu aplicativo), eu estava gripada, ja tinha ido para Roma antes de vir pra cà e retorno pra cidade eterna ao fim do curso (façam um esforço mental para ver a acentuaçao correta das palavras). As viagens da escola costumam ser cansativas, porque se sai muito cedo e se retorna tarde. Sao horas no onibus. Enfim, isso tudo pairava em minha mente enquanto pensava: Mas é Roma né, nao se pode dizer nao a Roma.

Decidi nao dizer nao a Roma e nem aos meus mais novos amigos. Parte porque achei preciosismo de minha parte e parte porque gosto da companhia e tinha certeza que independente do que acontecesse nos divertiriamos. Resultado: Ana de pé, prontinha as 6h da manha. Com o travesseiro embaixo do braço, òbvio.

Quando chegamos na cidade, nas cidades melhor dizendo, Vaticano e Roma um passo um do outro. Pequenos raios solares pintavam o céu (nel blu dipinto di blu), nos dando uma pequena ponta de esperança. Mas felicidade de brasileiro dura pouco, porque logo o sol cedeu à chuva.

Decidimos que independente disso seguiriamos na fila (coda, line) até conseguirmos entrar na Basilica de Sao Pedro. Grande idéia do dia. Quando entramos estava sendo celebrada uma missa. Com o PAPA. Ta, esse papa ai nao me piace molto, mas é o Papa, é Pop e ve-lo foi emocionante. Estar na Basilica de Sao Pedro é uma emoçao sem igual. 

Depois recebemos a bençao papal na piazza de Sao Pedro. Algo que eu jà havia desistido de presenciar na vida vindo até mim por acaso. Admito que bateu uma invejinha quando o PAPA começou a chamar umas pessoas mais diretamente, tipo dava vontade de dizer: olha nos aqui, fala em portugues também, per favore! Mas né, ja era demais pra um dia so. O que havia acontecido bastava, por enquanto...

Passamos o resto do dia andando pelos principais pontos de Roma. Tomamos banho de chuva na fontana de Trevi. Cantando pelas ruas da cidade. Bem, se eu for escrever cada sensaçao a cada passo dado por Roma, faria um livro. E acho que a diferença da Cidade Eterna com os outros locais do mundo é que nao se pode explicar em palavras quao emocionante e visitar os locais turisticos ou simplesmente parar em uma pequena viela e ficar imaginando o quanto de historia ali jà aconteceu.

Chegamos em casa todos molhados, pensando na indiada que tinhamos feito. Mas na verdade eu so tinha que agradecer a eles que me convençaram a ir, certamente sempre quando me lembrar desses 50 dias na Italia, esse dia em Roma me virà a mente.


Um comentário:

  1. meu deus, excelente teu relato, Ana!! Adorei!!
    Tem um ditado que fala sobre ir a Roma e não ver o Papa; bom, na única vez que fui, não vi o Papa. E confesso que estou mais animada para conhecer as cidades mais ao norte dasoropa... Podemos conversar a respeito quando retornares. ;)
    E eu vou te dar um conselho: não perde nenhuma oportunidade por aí, porque quando voltares, não terás arrependimentos! Mesmo que tu fiques cansada ou exausta, no final terá valido (muito) a pena!

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