quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ISSO OU AQUILO?

Ás vezes as pessoas se lamentam por ter que decidir na vida entre duas opções: branco ou preto, Grêmio ou Inter, churrasco ou salada, casar ou comprar uma bicicleta, enfim, essas decisões clássicas da vida. Eu, em contrapartida, não sofro desse mal, sofro de algo que considero muito mais complicado: o não saber entre o que optar.
É eu sei parece estranho, mas é a mais pura realidade.  Enquanto as pessoas estão em dúvida sobre o que querem, eu simplesmente tenho certeza do que não quero e só. Eu nunca sei entre que duas coisas tenho que escolher, eu sei que entre uma gama de opções de 100 tipos, três eu tenho certeza de que não quero e entre os outros noventa e sete, aaaa os outros noventa e sete, decisão difícil, todos eles parecem interessante a sua maneira, o que me coloca em um beco sem saída.
Seguidamente me questiono se isso é uma falta de objetividade ou simplesmente o reflexo de uma personalidade diversificada. Sabe, gosto de muita coisa, por exemplo: música, escuto desde samba a ópera, mas sei que funk é algo que realmente não me serve, não desce sabe, como se não fosse feito pro meus ouvidos. E é assim com quase tudo, é como se tivesse sempre fome, mas não soubesse exatamente o que comer pra ela passar. Sei tudo isso é confuso demais né? Bem-vindo ao meu mundo!
Quando se vive assim, é estranho que a certeza vem nas horas mais inadequadas. Nos momentos de falta de opção sabe, como quando se está no trabalho, que é um momento destinado a realizar aquilo (sem escolha, ufaaa) e surge aquela vontade repentina de sair correndo, fazer um chimarrão e passar o dia embaixo de uma árvore fazendo fotossíntese ou até mesmo ir pra casa fazer os trabalhos da faculdade. As vontades mais certas e absurdas ocorrem geralmente em momentos que não podemos realizá-las. Como se a possibilidade fosse um desafio a mais. O engraçado é  que nos dias de folga, nos quais poderíamos passar o dia tomando chimarrão e pegando sol, não temos vontade de fazer nada.
Será que temos que obedecer aos impulsos momentâneos e assim do nada, fugir de um lugar pra fazer muito algo que queremos fazer? Ou será que temos que viver dentro das regras, esperando um dia ter a sorte de estar no lugar certo e em um lapso de memória se dar conta que naquele momento você está fazendo o que quer na hora que quer, sem muitas opções, só com a certeza e ponto!
Confesso que não tenho respostas, teria tantas alternativas, teorias, possibilidades que poderia escrever um livro sem chegar à conclusão alguma. Tudo que sei é que agora nesse momento só sei o que não quero...

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