domingo, 25 de março de 2012

ESSE TAL DE AMOR...

E eis que em época de Facebook sinto que o amor banalizou-se. Todo mundo ama todo mundo e escancara isso como se fosse necessário que o mundo visse para o amor simplesmente existir. Como lei que precisa ser promulgada, que tem obrigações, que deve seguir roteiro.  O amor passou a ter tempo definido, eventos marcados, linha do tempo estabelecida.

Sinto falta das palavras que só os olhos dizem, do contato, da dúvida. O amor tornou-se um status. Esqueça as borboletas na barriga, elas foram extintas. Nada mais de treinar cantadas em frente ao espelho, invista mesmo é no seu português porque a escrita é que definirá quem se apaixonará por você. Selecione as músicas do momento, divulgue-as, tire as suas melhores fotos e poste-as.  E fique ai, esperando o dia em que você estará em um relacionamento sério com fulano de tal ou com mil e poucos amigos e finalmente o amor fará parte da sua vida.

Mas, se você quiser testar, digo-lhe que o bom mesmo é viver o amor de todas as formas e não divulgá-lo apenas. Então, saia na rua distribuindo sorrisos a estranhos ao invés de ficar postando aquele bom dia feliz na sua atualização de status. Reúna os seus amigos em um bar e não em um chat. Convide pessoalmente, não crie somente eventos. Olhe nos olhos e não para as fotos. Faça as pessoas sorrirem pra você e não escreverem um simples hahahah. Viva e não só exista como um perfil que em um click possa ser apagado.

Não use algo intermediário pra aquilo que você deve vivenciar ao máximo e por favor não se importe tanto em expor pros outros, aproveite aquilo que é só seu, que a vida lhe deu e faça do amor algo raro e precioso.



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