quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

EU NASCI, EU NASÇO

Eu nasci a quase 26 anos atrás e não há nada nesse mundo que eu não deva saber mais...


Vivenciei momentos históricos importantes, crises, atentados, mortes de figuras ícones, desenvolvimento da tecnologia, copas do mundo, avanço da medicina. entre tantas outras coisas.

Tive meu primeiro computador em casa quando eu tinha 13 anos. Demorei bastante pra ter celular, fui uma das últimas pessoas do meu ciclo social a entrar no Orkut e ter MSN. Fui da geração MTV, assisti Carrosel e Usurpadora e ao invés de Harry Potter, meu vicio na adolescencia era a Série de livros vaga-lume e O tempo e o Vento.

Se eu tivesse que fazer uma retrospectiva de tudo de importante que aconteceu nesse 1/4 de século, você não veria o 11 de setembro como um dos fatos marcantes. Que me desculpe a história mundial, mas existem fatos desconhecidos a maioria que são mais especiais, pelo menos pra mim.

Não me lembro muito da minha vida antes dos meus 6 anos, quando a  Ana Luiza nasceu. O que é engraçado. Talvez eu sozinha não tivesse tanta graça. Sei que eu fazia meu pai tirar uma foto comigo e com o monza vermelho em todo o aniversário. Que andava toda emperiquitada pra lá e pra cá. Que me sentava embaixo dos pés de Caqui na Páscoa com o Robson e ficava lá saboreando o vento e as tardes. Que fazia balanços com meus primos na Vó, alimentava os bois morrendo de medo e sim que fiz xixi no meio do zológico uma vez, fato esse filmado e que diverte gerações e gerações da minha familia.

Mas me lembro bem do dia em que minha irmã nasceu. De encontrar ela no corredor e levar pra mãe na maternidade. Depois com a Gabi, me lembro dos passeios que faziamos no carro e ficavamos discutindo qual seria o nome da mais nova irmã. As pequenas chiquititas da familia.

Lembro das enchentes em Eldorado. Do dia em que o ônibus estragou na ponte do Jacui e fomos pra casa a pé. Lembro dos natais em família, das páscoas na forqueta.

Lembro até de um bolo tricolor cheio de açucar que fizeram pra mim em um dos meus aniversários. Dos campeonatos de basquete da escola, das idas a quinta da estância, da época de CTG, do vestibular, do trabalho no kanal, dos meses de verão em Magistério.

Lembro do meu pai me dando parabéns sempre no dia 25.01. Não porque tinha esquecido, mas porque, bem, ele não era muito emotivo e não sabia como fazer isso bem. Da inauguração da churrasquaria em pleno dia 24.01 e eu em casa como uma menina mimada chorando porque ninguém tinha se importado que a data era minha e o que custava abrir um dia depois.

Nenhuma das lembranças que mais são vivas na minha memória são de momentos ruins. Podia escrever tantas coisas como o natal em que encontrei o lego no monza, ou a mais recente da minha viagem a Itália, mas só me veem momentos bons em mente, mesmo que dificeis...

O que resta é que por mais que se viva, por mais que se complete mais um ano de vida, sempre se tem muito mais pra se viver, muito mais pra se aprender. A vida nunca pára. Não cessam acontecimentos. Pode ser que passemos um ano sem mudanças climáticas, sem nascimentos ou mortes importantes, sem guerras, atentados, libertações ou afins, mas com certeza  se nesse ano tu receber uma noticia boa sequer, ele já terá valido a pena.

Eu nasci a 26 anos atrás e desde então nasço novamente a cada dia...






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