domingo, 16 de dezembro de 2012

CARTA AOS MEUS FILHOS


Queridos futuros filhos,
 Boas novas: Vocês não morreram mais de fome!


Não, eu não estou  juntando dinheiro para pagar a futura cozinheira de vocês, mas tenho a felicidades de informá-los que estou aprendendo cada vez mais a cozinhar.

Tá, vocês não iam morrer de fome antes também. Nunca li no jornal uma reportagem que dizia: Legado Destruido: Mãe que não sabia cozinhar mata seus filhos com comida ruim. Mas né, faz parte do mito chamado mãe saber cozinhar, e pretendo aos poucos ir aperfeiçoando. Como vocês ainda demorarão anos para chegar, minha meta é que até lá, acertar meu tempero. Penso também  em aumentar meu numero de receitas e finalmente poderei fazer de vocês crianças roliças e saudáveis. Não se preocupem não vou evoluir a ponto de torná-los bolinha de basquete só a ponto de vocês poderem crescerem com uma boa alimentação em casa. Sem congelados e fast food.

Então vou explicar pra vocês porque eu não gosto de cozinhar. A verdade é: sou afobada! Sim, cozinhar demanda espera. Demanda saber colocar as coisas na hora certa, prever o tempo certo e eu ainda não sei fazer isso muito bem. Gosto mais de ter fome e comer. Problema, solução. Ao invés de ter fome, pensar no que fazer, organizar as coisas, cozinhar, preparar a mesa e depois comer. Sim, afobação um dos meus grandes defeitos, que estou tentando amenizar. Óbvio que não se muda nada do dia pra noite, mas a prática leva a grandes resultados.

É estranho ser paciente mas afobada. Não perco a paciência muito rápido. Mas tenho isso das coisas imediatas, que me fazem ter um ritmo acelerado. Acho que por isso que faço muitas coisas ao mesmo tempo. Mais resultados finais. Mas como disse, estou diminuindo isso consideravelmente e espero logo ter resultados gratificantes. Uma das melhores fontes de concentrar essa afobação é com exercício físico e ele tem sido um grande aliado. 

Mais uma coisa. Venho por meio desse dizer que assumo que não sou mais tão tímida quanto era uma vez. Eu sempre fui mais quietinha e hoje não sofro mais desse mal. Falo com Deus e o mundo e gosto disso. Gosto de saber que as pessoas me dão abertura para entrar na conversa delas e que me integram como se eu fosse uma antiga conhecida. Claro, sempre tem momentos em que se fica tímida na vida, mas a gente nunca é uma coisa só.

Queridos futuros filhos: escrevo isso dia 16.12.12, frente a rumores do final do mundo e em um final de ano e final-começos de muitas coisas na minha vida. Não sei se vocês existiram e quando serão algo concreto. Mas digo-lhes que isso tudo aqui escrito não é uma verdade absoluta. Porque tudo muda e pode ser que no mês que vem eu esteja com um discurso diferente. 

Grata pela atenção.
Com amor,

Ana

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